segunda-feira, 26 de novembro de 2007
placa sensível
domingo, 18 de novembro de 2007
sem rosto
E não tenho rosto. Sou como a espuma que corre pela praia ou o luar que despenca como uma seta sobre uma vasilha de estanho, sobre uma espiga de azevim-do-mar, sobre um osso ou um barco meio carcomido. Sou levada em redemoinhos por cavernas, adejo como papel por corredores intermináveis, preciso comprimir minha mão na parede para me conter.
Virginia Woolf
Virginia Woolf
resistência
caminho do coração
Tudo é um entre um milhão de caminhos. Portanto, você deve sempre manter em mente que um caminho não é mais do que um caminho; se achar que não deve segui-lo, não deve permanecer nele, sob nenhuma circunstância. Para ter uma clareza dessas, é preciso levar uma vida disciplinada. Só então você saberá que qualquer caminho não passa de um caminho e não há afronta, para si nem para os outros, em largá-lo se é isso o que seu coração lhe manda fazer. Mas sua decisão de continuar no caminho ou largá-lo deve ser isenta de medo e de ambição. Eu lhe aviso. Olhe bem para cada caminho, e com propósito. Experimente-o tantas vezes quanto achar necessário. Depois, pergunte-se, e só a si, uma coisa. Esse caminho tem coração? Todos os caminhos são os mesmos: não conduzem a lugar algum. São caminhos que atravessam o mato, ou que entram no mato. Em minha vida posso dizer que já passei por caminhos compridos, compridos, mas não estou em lugar algum. A pergunta agora tem um significado. Esse caminho tem um coração? Se tiver, o caminho é bom; se não tiver, não presta. Ambos os caminhos não conduzem a parte alguma; mas um tem coração e o outro não. Um torna a viagem alegre; enquanto você o seguir, será um com ele. O outro o fará maldizer sua vida. Um o torna forte; o outro o enfraquece.
Carlos Castanheda
Carlos Castanheda
sábado, 17 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
sábado, 10 de novembro de 2007
Artesãos de nossa vida, artistas realmente quando desejamos, trabalhamos continuamente para modelar, com a matéria que nos é fornecida pelo passado e pelo presente, pela hereditariedade e pelas circunstâncias, uma figura única, nova, original, imprevisível, como a forma que o escultor dá à argila.
Henri Bergson
Henri Bergson
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Pastel
Máscara de gesso
domingo, 28 de outubro de 2007
sexta-feira, 26 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Elementar
ELEMENTAR
D. H. Lawrence
Por que as pessoas não deixam de ser respeitáveis,
ou de pensar que são respeitáveis, ou de querer serem respeitáveis,
e, em lugar disso, passam a ser um pouco mais elementares?
Posto que todo homem é feito de elementos,
fogo, chuva, ar e terra viva
e que nada disso é respeitável,
mas elementar,
o homem está desequilibrado ao lado dos anjos.
Desejo que os homens reencontrem seu equilíbrio entre os elementos
e passem a ser um pouco mais ígneos, tão incapazes de mentir
quanto o fogo.
Desejo que eles sejam fiéis à sua própria variação, como a água,
que atravessa todas as fases, vapor, líquido e gelo,
sem perder a cabeça.
Estou nauseado de pessoas respeitáveis,
de certo modo elas são uma mentira.
D. H. Lawrence
Por que as pessoas não deixam de ser respeitáveis,
ou de pensar que são respeitáveis, ou de querer serem respeitáveis,
e, em lugar disso, passam a ser um pouco mais elementares?
Posto que todo homem é feito de elementos,
fogo, chuva, ar e terra viva
e que nada disso é respeitável,
mas elementar,
o homem está desequilibrado ao lado dos anjos.
Desejo que os homens reencontrem seu equilíbrio entre os elementos
e passem a ser um pouco mais ígneos, tão incapazes de mentir
quanto o fogo.
Desejo que eles sejam fiéis à sua própria variação, como a água,
que atravessa todas as fases, vapor, líquido e gelo,
sem perder a cabeça.
Estou nauseado de pessoas respeitáveis,
de certo modo elas são uma mentira.
Compressão
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Canais
Fluxos criadores de mundos. Fluxos de linhas, fluxos de cores, fluxos de texturas, fluxos de palavras. Fluxos de uma mesma região e que aparecem em diferentes modos de expressão.
De onde eles vêm? Nunca saberemos. Mas, às vezes eles vêm. E então vale a pena estar vivo para poder deixá-los vir à luz. Um jorro de linhas que forçam uma abertura
e produzem conexões sinápticas para se atualizarem.
Paradoxo
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Zen budismo
Se estamos de alguma maneira insatisfeitos com essa vida, se em nosso modo de viver habitual há alguma coisa que nos priva de liberdade, no sentido mais sagrado da palavra, devemos nos esforçar para encontrar algum outro modo, que nos dê um sentimento de realização e de plenitude. Isso, o Zen se propõe a fazer por nós; ele nos assegura a aquisição de um novo ponto de vista, de onde a vida ganhará um aspecto mais puro, mais profundo e mais satisfatório. Mas, bem entendido, essa aquisição é, em realidade, o maior cataclisma mental que podemos atravessar na vida. Não é uma tarefa fácil, mas uma espécie de batismo de fogo, e é mister atravessar tempestades, tremores de terra, aniquilamentos de montanhas, explosões de rochas.
D.T. Suzuki
D.T. Suzuki
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